Piercing Cultural ou
Cultual?
Muitos jovens hoje dentro das igrejas, usam ou querem usar tatuagens,
piercing, sem conhecer uma posição clara da igreja. Devem tatuar e usar
piercing ou não? É pecado, é errado, ou não? Qual a aposição da igreja diante
dessas “necessidades” da juventude?
Vivemos em um mundo globalizado, onde a cultura de um povo em
particular, já não é tão particular, mas compartilhada para outras culturas a
milhares de quilômetros, incorporando na linguagem, gestos, alimentação,
aparência, etc. Toda cultura possui elementos que precisam ser conservados e
outros que precisam ser transformados pelo evangelho. Esta cultura globalizada
faz com que elementos de uso e costumes que pertencem a uma cultura distante,
remota, torne-se parte de outra cultura, ou de todo o mundo. As palavras em
inglês que foram incorporadas em nossa cultura como hambúrguer, são usadas como
se fossem nossas; a comida chinesa e japonesa, pratos italianos, gravatas,
ternos, sapatos, nossa liturgia religiosa, etc.
O piercing ou
pendente de Rebeca?
Assim, também vem a influência da música, dança, ritmos, tatuagem e
piercing, sendo que a origem desses dois últimos itens remota a culturas
antigas, como a egípcia, hebraica, mesopotâmia e etc. Os piercing e as tatuagens eram
usados para diversos fins, aparência, religião, demonstração de riqueza, beleza
e força. A primeira referência que alguns dizem que era um “piercing” na Bíblia
está em Gêneses 24.22 e 47, quando o servo de Abraão, Eliezer, fora enviado
para arranjar uma noiva para o seu filho Isaque - “Quando os camelos acabaram de beber, o homem deu a jovem um pendente de
ouro de seis gramas... então coloquei o pendente em seu nariz e as pulseiras em
seus braços”.
Porém esta palavra não se refere ao um “piercing”, mas um pendente ou
uma argola geralmente de ouro, que era parte do ornamento usado no nariz ou na
orelha por homem, mulher ou ídolo. A palavra “piercing” é uma palavra inglesa
que significa “objeto agudo, penetrante, que rompe, dilacera e perfura”. É
claro que não podemos chamar o presente de Eliezer de “piercing”, pois não
perfurava o nariz, mas um objeto que ficava pendurado. O texto diz – “eu coloquei o pendente em seu nariz... e curvei-me em adoração ao
Senhor...”. É claro que diante do poço em que Rebeca dava água para os camelos,
Eliezer não perfurou o nariz de uma desconhecida, colocou uma argola e em
seguida adorou a Deus.
O presente de Abraão entregue por Eliezer a Rebeca, fazia parte de
recompensas pela aceitação da proposta de casamento como pagamento do dote,
isso era natural naquela época, é tanto que quando o irmão de Rebeca viu o
pendente em seu nariz e as pulseiras em seus braços, ele procurou Eliezer e lhe
ofereceu abrigo, aceitando assim a recompensa, palavra em hebraico “mãhar”, que significa, “adquirir mediante (dote) pagamento, o pedido de
casamento – “A jovem voltou para a casa e contou
tudo a família de sua mãe. Rebeca tinha um irmão chamado Labão. Ele saiu
apressado á fonte para conhecer o homem, pois tinha visto o pendente e as pulseiras
no braço de sua irmã, e ouvira Rebeca contar o que o homem lhe dissera. Saiu,
pois, e foi encontrá-lo para junto á fonte, ao lado dos camelos. E, disse:
Venha, bendito do Senhor! Por que ficar ai fora? Já arrumei a casa e um lugar
para os camelos”. Gêneses 24.28-31. O pendente em Rebeca não era um “piercing”, mas
parte do pagamento de dote de Abraão para o casamento do seu filho Isaque com
Rebeca. Havia um significado, um propósito cultural e familiar.
Este mesmo sinal de recompensa do dote de casamento foi dado por Deus a
Jerusalém em uma metáfora do seu relacionamento de marido com Jerusalém a sua
esposa amada – “Brincos para o nariz e as orelhas, e
uma linda coroa para a sua cabeça”. Ezequiel 16.12.
As argolas e
pendentes do passado
deixam marcas irreparáveis no presente
Muitas ocasiões os ornamentos no nariz, no tornozelo, na cabeça ou na
orelha, eram usados como sinais de opulência, magia e sedução. Vejamos alguns
em Isaías 3.16-24.
1. Elas usavam enfeites para flertar e seduzir os homens com o seu corpo - “E por causa da arrogância das mulheres de Sião, que caminham de cabeça
erguida, flertando com os olhos, desfilando com passos curtos, com enfeites
tinindo em seus calcanhares”.
2. Elas usavam vários enfeites, parecendo muito com o uso que muitas
mulheres e homens fazem hoje, com objetivos de magia e sedução:
» “Naquele dia o Senhor
arrancará delas: as pulseiras, as testeiras e os colares, os pendentes, os
braceletes e os véus, os enfeites de cabeça, as correntinhas de tornozelo...”.
» “Os cintos, os
talismãs e os amuletos...”. Elas usavam objetos com fins espirituais de
proteção. Esses objetos citados aqui são objetos indicados por demônios como
pontos de magia.
» “Os anéis, os enfeites
para o nariz”. Observe que o uso aqui já não era como recompensa de dote, mas como
enfeites de embelezamento com fins de sedução.
» “As roupas caras, as
capas, as mantilhas, e as bolsas; os espelhos, as roupas de linho, as taras e
os xales”. O uso de muitos desses enfeites em si não estava errado, mais com o
objetivo que elas usavam estava errado e foi censurado por Deus.
3. Por esse motivo, Deus disse que: – “Em vez de perfume
haverá mau cheiro, em vez de cintos, corda, em vez de belos penteados,
calvície, em vez de roupas finas, vestes de lamento, em vez de beleza,
cicatrizes”. Incrível que, até hoje, essas coisas acontecem. Por causa do uso
indiscriminado de indumentárias de embelezamentos com fins de sedução e magia,
temos visto:
» “Em vez de perfume,
mau cheiro”. O cheiro do pecado, lascívia, das doenças sexuais, do câncer, da
aids, das drogas, etc.
» “Em vez de cintos,
cordas”. O aumento do suicídio, assassinatos, mortes em clínicas de cirurgias
plásticas, de aborto, etc.
» “Em vez de belos
penteados, calvície”. A calvície provocada pela queda de cabelo por abuso de produtos
químicos de embelezamentos; provocada, também, pela quimioterapia para aplacar
o câncer.
» “Em vez de roupas
finas, vestes de lamento”. Quantas pessoas que pagam caro pelo luxo, não
têm paz, sossego, tranqüilidade, só tem lamento e dor.
» “Em vez de beleza,
cicatrizes”. Muitas carregam as marcas no próprio corpo; marcas que não saem com
sabão.
Que o Senhor te guarde de usar esses tipos de bijouterias que são de origens a outros deuses e ao movimento da nova era!!!
Ass: Preletor Pb. Robson Santos